Volume de chuvas deve superar a média de fevereiro

As chuvas registradas nos primeiros dias de fevereiro já estão prestes a ultrapassar a média prevista para o mês inteiro. Os dados são da Estação Meteorológica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). De acordo com José Espínola, coordenador da Estação Meteorológica, neste ano já foram registrados 128 milímetros de chuva, sendo que o volume registrado nos dois primeiros dias de fevereiro já está quase superando a média pluviométrica do referido mês, que é de 110 milímetros.

Nos dias 1º e 2 foram registrados 87 milímetros (53ml no primeiro e 34 no segundo dia). Já o índice pluviométrico em janeiro deste ano foi de 41 milímetros. "O volume de chuvas registrado este ano está dentro do esperado e é possível que o volume de fevereiro deste ano supere a média do mês", comentou o meteorologista.

O volume de chuvas pode ser comprovado pelo aumento do nível do rio Mossoró, que visivelmente está mais alto. Segundo José Espínola, a previsão meteorológica é de que neste inverno deve chover 600 a 800 milímetros. "A meteorologia prevê 40% de chance da chuva ser em torno da média; 35% de chover acima da média e 25% de ter pouca chuva neste inverno", comentou.

Espínola explica a ocorrência maior de chuvas no período da tarde. "Elas ocorrem mais à tarde, pois dependem do aquecimento do mar, das praias da região. E a chuva só se forma depois que o mar esquenta, a água evapora, formam se as nuvens que são trazidas pelos ventos do Nordeste. São as chamadas chuvas convectivas", esclarece.

Neste inverno que segue até maio apesar das chuvas estarem ocorrendo diariamente nestes últimos dias, não estão descartados veranicos - período de dois a dez dias sem chuvas -.

Ainda segundo o professor, neste período os meteorologistas do Brasil se reúnem mensalmente para discutirem as previsões pluviométricas para o próximo mês e analisar a meteorologia. Neste mês, o encontro ocorrerá em Natal, no período de 15 a 20.

VISTORIA — O Conselho da Defesa Civil do Município realizou na manhã de ontem, uma vistoria nas áreas consideradas de risco por causa da chegada das chuvas. A inspeção que foi coordenada pelo secretário de Defesa Civil, Álber Nóbrega, coordenador da Defesa Civil, começou às 9h pela Avenida Cunha da Mota, nos Pereiros, onde um terreno particular retém água da chuva e causa inundações.

A Defesa Civil notificará o dono do imóvel sobre o problema, para que ele adote as medidas necessárias para evitar novas inundações, que atingiram imóveis residenciais e comerciais da área. A solução apontada pelo secretário de Serviços Urbanos, Trânsito e Transportes Publica, Alex Moacir, membro da Defesa Civil, é a abertura de um canal começando na Rua Cunha da Mota até o rio Mossoró, para escoar as águas.

Dos Pereiros, os membros da Defesa Civil seguiram para o bairro Dom Jaime Câmara, na zona Leste. Com as últimas chuvas, o canal do Dom Jaime recebeu grande volume de água, inundando algumas casas. O problema foi agravado pela queda de um muro de uma empresa instalada na área, que represava água da chuva. "Com a queda do muro, a água escoou para a galeria e gerou o problema", diz Álber Nóbrega.

Com a enxurrada, galhos de árvores acabaram sendo levados para dentro do canal, dificultando o escoamento normal das águas e contribuindo com a inundação. Para evitar que o problema volte a se repetir durante o inverno, equipes das secretarias de Serviços Urbanos e de Desenvolvimento Territorial vão trabalhar no trecho, fazendo a remoção dos entulhos, para deixar a galeria pluvial completamente
desobstruída.

Os problemas constados pela Defesa Civil, na inspeção desta terça-feira, são considerados normais pelos membros do colegiado. "A situação está sob controle, mas vamos permanecer atentos para atender, de imediato, demandas típicas dessa época de chuvas", disse Álber Nóbrega, acrescentando que, apesar das fortes chuvas dos últimos dias, ainda não há o registro de famílias desabrigadas no âmbito do município.

O presidente da Defesa Civil, Álber Nóbrega, lembra que no ano passado a Prefeitura bancou praticamente sozinha toda a estrutura de socorro às vítimas das chuvas. A Prefeitura formou equipes para socorrer as pessoas, retirando-as das áreas inundadas, além de organizar e manter abrigos com alimentação e remédios para as famílias afetadas.

A comissão que vai vistoriar as áreas de risco é formada por membros da própria administração municipal e da comunidade. Participaram os secretários de Trânsito, Transportes e Serviços Urbanos, Alex Moacir, engenheiro Yuri Tasso, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SEDETEMA), gerente de Desenvolvimento Urbanístico, Alexandre Lopes, dentre outros integrantes.