domingo, 20 de setembro de 2009

CHARGE DO DIA

ECONOMIA

Prévia do índice que aumenta aluguel tem alta de 0,35% em setembro

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou alta de 0,35% em setembro, depois de uma queda de 0,60% em agosto, conforme divulgou ontem a Fundação Getúlio Vargas.

No ano, o índice, que funciona como uma prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), usado como referência para o reajuste de aluguéis e tarifas de energia elétrica, acumula queda de 1,79%. Nos 12 meses encerrados em agosto a queda é de 0,27%.

De acordo com o comunicado da FGV, a alta do IGP-10 foi influenciada pela aceleração dos preços no atacado, principalmente dos produtos agropecuários, que passaram de uma queda de 2,44% para alta de 0,52%. Em setembro, o IPA (Índice de Preços por Atacado), que responde por 60% da formação geral do IGP-10, subiu 0,46%, ante o recuo de 1,04% em agosto.

Os preços no varejo (Índice de Preços ao Consumidor), que respondem por 30% do IGP-10, variavam 0,24%, ante a alta de 0,26% no mês anterior. Os preços da construção civil (Índice Nacional de Custo da Construção), que contribuem com 10% da formação geral do IGP-10, tiveram deflação de 0,11% em setembro, depois de uma alta de 0,22% em agosto.

A metodologia usada para a apuração do IGP-10 é a mesma do IGP-M. A diferença está no período de coleta. Os técnicos da instituição investigam o comportamento de preços de cerca de 450 produtos e serviços consumidos por famílias que ganham de um a 33 salários-mínimos no país. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

ESPORTE

Exposição de 60 anos da Prova Ciclística Gov. Dix-sept Rosado


Desde a terça-feira, 15, a Gerência da Juventude, Esporte e Lazer da Prefeitura de Mossoró vem realizando uma exposição fotográfica, denominada de “60ª Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado – Pedalando para a História”. A exposição, através das fotos, conta a história dos 60 anos em que a prova é realizada.

No quadro são colocadas fotos em que o visitante se reencontra ou passa a conhecer os seus campeões, autoridades que estiveram presentes e, pelas imagens, rever também antigos e modernos prédios que fazem a área central de Mossoró. Destaque para Fernando Benevides, que venceu a prova 9 vezes, e Irnaais Gomes, “Boró”, o segundo maior vencedor da história, subindo por 6 vezes ao ponto mais alto do pódio.

“Convido os desportistas e a população em geral para prestigiar nossa exposição que fica no Ginásio de Esporte Pedro Ciarlni, até o dia da prova, 27 de setembro”, acrescenta o titular da Gerência, Lupércio Luiz. Ele adiantou ainda que pensa tornar a exposição itinerante, levando-a às escolas.

Inscrições seguem abertas para a edição 2009 da prova

Paralelo ao movimento dos visitantes à exposição fotográfica no Ginásio Pedro Ciarlini, os ciclistas vão chegando e confirmando suas inscrições. Um deles é o favorito à categoria Elite Mossoró, Vagno Jesus, que disse à reportagem que estava confiante em uma boa corrida no dia 27 deste mês.

O atual campeão da categoria Elite Nacional, entre os homens, Heriberto, já deixou São Paulo e chegou ao Rio Grande do Norte para tentar o tetra. Embora seja natural de Parnamirim, Heriberto reside na cidade de São José dos Campos, interior paulista, e corre pela equipe Açúcar União.

Para este ano, um dos grandes atrativos é a premiação em dinheiro, além dos tradicionais troféus e medalhas. A prova será disputada nas categorias Elite Mossoró, Elite Nacional, Júnior, Feminino e Master. A premiação dos primeiros colocados varia, de acordo com a categoria, entre R$ 2.800,00 e R$ 4.600,00. Recebem prêmio em dinheiro do primeiro ao quinto colocado.

POLICIA

Comando do 2º BPM prepara novo plano de policiamento para implantar em Mossoró

O comandante do Segundo Batalhão da Polícia Militar (2ºBPM), coronel Elias Cândido, enviou ao comando de Natal um novo plano de policiamento para Mossoró.

Dentre os pontos de maior destaque estão a renovação da frota de veículos; o aumento do contingente policial; a reativação das bases comunitárias, com a implantação do policiamento por quarteirões; e a divisão das rondas por zona de atuação.

O projeto visa descentralizar o contingente distribuindo o efetivo em duas áreas de atuação, distribuídas ente as zonas Norte e Sul da cidade. O ponto limite seria a antiga linha ferroviária da Estação das Artes, no Centro de Mossoró, obedecendo o atual marco divisório da Polícia Civil que distribuiu as jurisdições da primeira e segunda delegacias de polícia.

Para colocar o plano em operação o comandante Elias Cândido contará com o reforço de 20 novos carros, vinte novas motos, que deverão trabalhar em parceria com o efetivo e a frota motorizada do Departamento de Polícia Rodoviária Estadual (DPRE), hoje sob o comando do capitão Gomes.

Dos vinte novos carros previstos para equipar o 2º BPM, oito já foram entregues e o restante deverá chegar até o final deste mês. Outras 10 novas motocicletas também estão sendo aguardadas. Elias Cândido disse que além da renovação da frota, a PM de Mossoró recebeu recentemente 70 coletes à prova de bala e mais um lote de pistolas Taser M-26, armamento considerado não-letal.

A viabilização do projeto também passa pelo reforço do contingente com a formação dos alunos do Curso de Formação de Soldados, que deverão estar graduados até o final do mês de novembro.

Efetivo será dividido em zonas de atuação

Para proporcionar uma otimização do policiamento ostensivo, o comando da Polícia Militar preparou uma estratégia de descentralização. O Grupo Tático de Operações (GTO) será distribuído em três zonas de atuação. O centro financeiro e comercial de Mossoró contará com uma equipe que priorizará as rondas durante o horário comercial.

Nos bairros, cada equipe será composta por uma viatura do 2º BPM e duas motos do DPRE. "Acreditamos que o plano irá proporcionar uma alavancada no policiamento da cidade", destacou o coronel Elias Cândido.

As equipes ficarão restritas em cada bairro de atuação e só poderão ser deslocadas com autorização da Central de Operações da Polícia Militar (Copom), em casos de extrema emergência, quando serão destinadas a dar apoio a outra equipe que esteja atendendo ocorrência de maior vulto. A cavalaria irá trabalhar de forma itinerante nos bairros onde houver maior número de ocorrências e contará com o auxílio do Serviço de Inteligência, da "Segunda Seção".

Modelo implantado no Ceará servirá de referência

Visando uma maior participação da comunidade no combate à violência, o comando pretende implantar um projeto semelhante ao que vem sendo usado com sucesso pela Polícia Militar do Ceará, com a "Ronda de Quarteirões", projeto modelo de segurança.

Na primeira etapa já está em operação e passa por um levantamento das condições da estrutura física da bases comunitárias. Segundo o coronel Elias Cândido, uma equipe da Secretaria de Segurança fez uma levantamento da atual situação das bases comunitárias para providenciar reforma, estruturação e a construção de novas bases.

A comunidade terá oportunidade de participar do plano de policiamento. O projeto pretende organizar debates entre líderes comunitários, setores da segurança pública e defesa social. "Os contatos já foram iniciados. Falta apenas marcar a data das reuniões", declarou comandante do 2º BPM.

Atualmente existem bases comunitárias nos bairros Santa Helena, Abolição III, Bom Jesus, Belo Horizonte, Sumaré, Estrada da Raiz. As primeiras unidades a serem reformadas serão as dos bairros Redenção e Malvinas. O Macarrão, no bairro Aroporto, será contemplado com uma nova base comunitária. Quando estiverem em operação, cada base será estruturada com três policiais, uma viatura do bairro e duas motos.

As unidades em operação já podem contar com a participação dos futuros soldados da Academia de Polícia, que estarão atuado em forma de estágio no atendimento à população. "Os alunos irão atender aos chamados e caso necessitem, requisitarão o apoio do Copom", explicou Elias Cândido.

Escalas de serviço

Dentre as medidas já em prática de preparação para o novo plano de policiamento está uma antiga reivindicação dos policiais: a redução da escala de serviço.

De acordo com o comandante, o antigo quadro de horários foi alterado 24 horas de serviço por 48 horas de folga, para 12 horas de serviço por 24 horas de repouso, podendo chegar ainda a 12 horas de trabalho por 48 horas de folga, proporcionando uma melhora consideravelmente no tempo de descanso dos policiais.

O comandante do Segundo Batalhão da Polícia Militar (2ºBPM), coronel Elias Cândido, enviou ao comando de Natal um novo plano de policiamento para Mossoró.

Dentre os pontos de maior destaque estão a renovação da frota de veículos; o aumento do contingente policial; a reativação das bases comunitárias, com a implantação do policiamento por quarteirões; e a divisão das rondas por zona de atuação.

O projeto visa descentralizar o contingente distribuindo o efetivo em duas áreas de atuação, distribuídas ente as zonas Norte e Sul da cidade. O ponto limite seria a antiga linha ferroviária da Estação das Artes, no Centro de Mossoró, obedecendo o atual marco divisório da Polícia Civil que distribuiu as jurisdições da primeira e segunda delegacias de polícia.

Para colocar o plano em operação o comandante Elias Cândido contará com o reforço de 20 novos carros, vinte novas motos, que deverão trabalhar em parceria com o efetivo e a frota motorizada do Departamento de Polícia Rodoviária Estadual (DPRE), hoje sob o comando do capitão Gomes.

Dos vinte novos carros previstos para equipar o 2º BPM, oito já foram entregues e o restante deverá chegar até o final deste mês. Outras 10 novas motocicletas também estão sendo aguardadas. Elias Cândido disse que além da renovação da frota, a PM de Mossoró recebeu recentemente 70 coletes à prova de bala e mais um lote de pistolas Taser M-26, armamento considerado não-letal.

A viabilização do projeto também passa pelo reforço do contingente com a formação dos alunos do Curso de Formação de Soldados, que deverão estar graduados até o final do mês de novembro.

Efetivo será dividido em zonas de atuação

Para proporcionar uma otimização do policiamento ostensivo, o comando da Polícia Militar preparou uma estratégia de descentralização. O Grupo Tático de Operações (GTO) será distribuído em três zonas de atuação. O centro financeiro e comercial de Mossoró contará com uma equipe que priorizará as rondas durante o horário comercial.

Nos bairros, cada equipe será composta por uma viatura do 2º BPM e duas motos do DPRE. "Acreditamos que o plano irá proporcionar uma alavancada no policiamento da cidade", destacou o coronel Elias Cândido.

As equipes ficarão restritas em cada bairro de atuação e só poderão ser deslocadas com autorização da Central de Operações da Polícia Militar (Copom), em casos de extrema emergência, quando serão destinadas a dar apoio a outra equipe que esteja atendendo ocorrência de maior vulto. A cavalaria irá trabalhar de forma itinerante nos bairros onde houver maior número de ocorrências e contará com o auxílio do Serviço de Inteligência, da "Segunda Seção".

Modelo implantado no Ceará servirá de referência

Visando uma maior participação da comunidade no combate à violência, o comando pretende implantar um projeto semelhante ao que vem sendo usado com sucesso pela Polícia Militar do Ceará, com a "Ronda de Quarteirões", projeto modelo de segurança.

Na primeira etapa já está em operação e passa por um levantamento das condições da estrutura física da bases comunitárias. Segundo o coronel Elias Cândido, uma equipe da Secretaria de Segurança fez uma levantamento da atual situação das bases comunitárias para providenciar reforma, estruturação e a construção de novas bases.

A comunidade terá oportunidade de participar do plano de policiamento. O projeto pretende organizar debates entre líderes comunitários, setores da segurança pública e defesa social. "Os contatos já foram iniciados. Falta apenas marcar a data das reuniões", declarou comandante do 2º BPM.

Atualmente existem bases comunitárias nos bairros Santa Helena, Abolição III, Bom Jesus, Belo Horizonte, Sumaré, Estrada da Raiz. As primeiras unidades a serem reformadas serão as dos bairros Redenção e Malvinas. O Macarrão, no bairro Aroporto, será contemplado com uma nova base comunitária. Quando estiverem em operação, cada base será estruturada com três policiais, uma viatura do bairro e duas motos.

As unidades em operação já podem contar com a participação dos futuros soldados da Academia de Polícia, que estarão atuado em forma de estágio no atendimento à população. "Os alunos irão atender aos chamados e caso necessitem, requisitarão o apoio do Copom", explicou Elias Cândido.

Escalas de serviço

Dentre as medidas já em prática de preparação para o novo plano de policiamento está uma antiga reivindicação dos policiais: a redução da escala de serviço.

De acordo com o comandante, o antigo quadro de horários foi alterado 24 horas de serviço por 48 horas de folga, para 12 horas de serviço por 24 horas de repouso, podendo chegar ainda a 12 horas de trabalho por 48 horas de folga, proporcionando uma melhora consideravelmente no tempo de descanso dos policiais.

POLITICA

Rosalba Ciarlini: "Não existem barreiras no meu partido"

Início de tarde da última quarta-feira, a senadora Rosalba Ciarlini deixava a agenda de compromissos nas comissões do Senado para acompanhar mais uma sessão ordinária da Casa.

Pautada para um pronunciamento de abordagem da crise financeira que atinge os municípios brasileiros, a senadora potiguar abriu espaço para conceder uma entrevista exclusiva ao jornal O Mossoroense.

Na antessala de espera do plenário, a senadora recebeu o jornalista Márcio Costa para a abordagem de assuntos diversos, com destaque para a eleição majoritária de 2010.

Em meio às colocações da senadora, destaque para a tendência de candidatura ao Governo do Estado e a visão de que o DEM não impedirá a consolidação do seu projeto político.

Leia a entrevista na íntegra:

MÁRCIO COSTA
Especial de Brasília

O MOSSOROENSE - A senhora tem um perfil político executivo, obtido a partir da experiência de três mandatos como prefeita de Mossoró, mas há três anos iniciou uma nova experiência com um mandato no Senado. A partir deste paralelo, Rosalba é mais executiva ou legislativa?

ROSALBA CIARLINI - Acho que na realidade eu tive mais tempo como executiva. Foi uma experiência que digo com toda a honestidade, valeu a pena. Vejo os prefeitos falarem que é um sacrifício, mas não é um sacrifício. É muito bom você trabalhar pela cidade, buscar o melhor para a vida do povo a partir de projetos. Não sei se é da minha própria formação, que não é uma formação política, até por que não tive uma formação política, mas sim uma formação humana, até mesmo pela minha profissão onde escolhi cuidar das pessoas. Acho que foi algo que valeu a pena. Foram três mandatos e acho que se tiver a oportunidade de trabalhar como executiva não me negarei de forma nenhuma a este desafio. O legislativo também é um trabalho muito importante. Aqui nós estamos discutindo as questões que tratam da proteção às pessoas. Dos programas que levam melhorias às vidas das pessoas, às leis. Todas as ações e programas que são muito importantes. Acho que tem sido uma experiência muito válida. Claro que todo dia aprendemos um pouquinho. Eu cheguei aqui há menos de três anos e convivo com senadores que já estão no terceiro, até no quarto mandato. Pessoas que têm uma experiência na vida pública muito grande, mas no dia-a-dia tento aprender com eles as boas coisas, para que a gente possa aprimorar cada vez mais a nossa ação em benefício do Brasil e principalmente do nosso Estado.

OM - A senhora conseguiu eleger a sua sucessora em Mossoró, mas na cidade a impressão que fica é de que não há uma participação direta no Executivo. Como a senhora vê a administração da sucessora Fafá Rosado.

RC - Cada cidade escolhe um prefeito ou prefeita e eles têm que conduzir as ações. Eu recebi do povo a responsabilidade, a missão, de vir defender o meu Estado aqui no Senado, como a primeira mulher senadora do Rio Grande do Norte. Então, como eu poderia estar me envolvendo de forma tão direta, se tenho que estar aqui com esta responsabilidade, ajudando não somente Mossoró, mas aos municípios na defesa das emendas, na defesa dos projetos. Sempre o meu foco, acredito que todos já tenham visto nos meus pronunciamentos, reforçou que sou uma senadora do Brasil, mas que estou aqui por que o Rio Grande do Norte me trouxe para cá. Cada administração tem um momento de ser avaliada e esta avaliação quem melhor faz é o povo. E o povo fez quando reelegeu Fafá.

OM - O povo fez, reelegendo, mas qual seria a avaliação da senadora Rosalba Ciarlini com relação ao governo Fafá Rosado? Ela está fazendo um bom governo ou precisa modificar algo para garantir um governo de maior impacto sobre a cidade.

RC - Nós temos que ver a questão em nível nacional. Hoje mesmo (a entrevista foi gravada na quinta-feira) vou fazer um pronunciamento sobre uma solicitação feita pelo prefeito de Brejinho, informando que quinta e sexta-feira, 44 prefeituras do Agreste, Trairi, Litoral e Potengi vão fechar as portas, como que num grito de desespero pela atual situação em que se encontram os municípios. Este ano tem sido muito difícil para todos os municípios. É uma situação que realmente tem preocupado. Todos nós que somos representantes do povo, seja em nível federal, deputados ou senadores, temos ouvido em nossas caminhadas nas estradas do Rio Grande do Norte ou do Brasil. Os reclames são imensos com relação às quedas dos recursos e dificuldades. Isso gera imensas dificuldades e espero que sejam superadas o mais rápido possível. Sabemos que quem administra uma cidade só pode ter um pensamento: o de fazer sempre o melhor, e tenho certeza de que este é o pensamento da prefeita, claro tentando superar as dificuldades que estão existindo.

OM - A avaliação dos cinco anos de governo da prefeita é positiva?

RC - Eu já disse que nos quatro primeiros anos o povo a reelegeu. Os próximos quatro, só quando terminar.

OM - O nome da senhora tem aparecido em destaque nas pesquisas para a eleição de 2010. A senhora tem pretensão de sair candidata ao governo do Estado no próximo ano?

RC - Eu venho ouvindo do povo por onde caminho. Meu nome foi surgindo de forma natural em meio à população de Mossoró e de outros recantos, e vejo as pessoas me perguntando se serei candidata. Fiz uma avaliação e vejo o destaque com relação ao que fiz como prefeita e que poderei fazer pelo Rio Grande do Norte. Se a população está me convocando, não poderei fugir à luta.

OM - Rosalba Ciarlini saiu da Prefeitura de Mossoró e numa conquista histórica foi eleita como primeira potiguar a ocupar uma vaga no Senado. Atualmente as pesquisas mostram a senhora numa situação confortável rumo ao Governo do Estado. O que estaria levando a este fenômeno?

RC - Eu não digo que é um fenômeno, mas sim resultado de um trabalho. Foi o trabalho que realizei como prefeita, que saiu dos limites de Mossoró e me projetou para todo o Rio Grande do Norte. Eu fui votada em todas as regiões do meu Estado, incluindo a capital, consolidado a vitória que Mossoró já tinha me garantido. Isso, acho que foi resultado de um trabalho. Fiz uma campanha me apresentando ao Rio Grande do Norte pelo que eu tinha realizado. Pela minha história de vida. Pela vontade de poder dar minha contribuição no Senado com uma atuação junto ao povo. Acho que estou honrando este compromisso quando vou todos os fins de semana ao Estado. Vou às cidades, faço reuniões, escuto a população, trago as ideias para que possam ser transformadas em projetos. É exatamente da sabedoria popular que procuro transformar em projetos e ações que venham a beneficiar a população.

OM - A senhora está num contexto de potencial disputa eleitoral, que conta com a presença de outros pré-candidatos como o vice-governador Iberê Ferreira de Souza e os deputados Robinson Faria e João Maia. Como a senhora avalia o atual momento de formação do cenário para a eleição de 2010?

RC - É natural que surjam muitos candidatos. Cada qual vai colocar suas propostas, vão fazer as suas avaliações. Eu não tenho me preocupado com isso, porque na realidade se eu chegar a ser candidata, vou me preocupar é em discutir com o povo quais são as ações, programas e projeto que desejam que Rosalba governadora possa fazer pelo Rio Grande do Norte.

OM - O DEM nacional tem como projeto prioritário, reeleger o senador José Agripino, que tem declarado não existir nenhuma definição em torno da candidatura da senadora Rosalba Ciarlini para o governo. Como a senhora avalia este posicionamento? A senhora estaria disposta a abdicar do projeto para proteger a reeleição do senador José Agripino?

RC - Não existem barreiras no meu partido. Nenhuma. Nunca existiu em toda a minha vida política. Sempre recebi do senador José Agripino e dos que fazem o Democratas, antes PFL, do meu Estado, todo o apoio possível. O senador José Agripino naturalmente é candidato à reeleição e o meu nome, continuando desta forma, está sendo lançado de forma natural pela população. Só que o momento agora não é destas definições. A eleição é em 2010. As convenções vão acontecer em junho. A nossa preocupação agora é com este trabalho de realmente poder tentar melhorar os nossos programas, com as discussões, com os debates das comissões de assuntos sociais, a saúde. Levando propostas. Levando as ideias que vêm do povo. Então não existe nenhuma dificuldade com relação a candidatura. Tudo tem o momento certo. Tem o momento de falar, tem o momento de calar. Tem o momento de plantar, de semear e o de colher. E este momento vai chegar.

Pessoas com deficiência sofrem diariamente com falta de acessibilidade

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, garante a todo cidadão indistintamente o direito de ir e vir livremente para qualquer lugar do mundo. Porém, quando a questão se trata de pessoas com deficiência física, muitos obstáculos ainda precisam ser vencidos para que esse direito básico seja praticado em sua plenitude.

Não bastassem os desafios naturais, consequência da condição especial, os deficientes físicos do município aliam a essa dificuldades a falta de acessibilidade nas ruas e avenidas mossoroenses. Se não impedem a livre circulação dos deficientes, as barreiras arquitetônicas certamente são empecilhos que limitam sua locomoção.

Embora, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da norma NBR 9050, fixe os padrões e critérios que propiciem às pessoas portadoras de deficiência condições adequadas e seguras para o acesso autônomo às edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos, essa lei ainda deixa a desejar quanto ao seu efetivo cumprimento.

A cadeirante Lúcia Aquino sente na pele as dificuldades resultantes do não-cumprimento da norma. Para ela, o direito de ir e vir pelas ruas mossoroenses é limitado, em virtude do desnível das calçadas, da falta de rampa de acesso em prédios públicos e privados, da escassez de ônibus adaptados para o transporte de pessoas com necessidades especiais, entre outras barreiras.

Lúcia Aquino acrescenta que além das barreiras arquitetônicas e das rampas de acesso, que não estão em conformidade com as normas da ABNT, a falta de consciência social na população é um fator que dificulta ainda mais a vida dos deficientes. "Muitas pessoas estacionam nas rampas destinadas ao acesso de cadeirantes e isso atrapalha bastante, principalmente no momento de atravessar a rua", frisa.

A falta de acessibilidade também é um problema vivido pelo deficiente visual João Ferreira. Ele informa que atualmente a questão da acessibilidade é hoje o maior obstáculo enfrentado pelos portadores de deficiência. "Eu falo de todo tipo de acessibilidade. Seja de se locomover, de comunicação, de ingressar no mercado de trabalho. A arquitetônica é apenas uma delas. Mas estamos lutando para vencer essas dificuldades", enfatiza João.

Para a arquiteta Angélica Paiva, a questão de acabar com as barreiras arquitetônicas é uma das principais preocupações dos profissionais da área. "Os prédios novos estão procurando desenvolver de acordo com as normas da ABNT", afirma.

A arquiteta destaca que na questão de acessibilidade o poder público deveria dar o exemplo, o que na realidade não ocorre. "Nos prédios públicos mais antigos não há rampa para acesso de deficientes. Além disso, as calçadas desniveladas dificultam a locomoção, até mesmo para quem não é portador de deficiência. Seria preciso toda uma reestruturação na arquitetura da cidade para atender as recomendações da norma", salienta a profissional.

Lúcia Aquino diz que há anos essa reestruturação é uma reivindicação das associações que trabalham com deficientes físicos na cidade. Ela destaca que até o momento só houve promessas de melhoras, que nunca foram cumpridas. "Enquanto isso, continuaremos enfrentando diariamente as dificuldades para se locomover", ressalta.

Associação promove programação especial para comemorar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

A Associação dos Deficientes Físicos de Mossoró (Adefim) promoverá várias atividades para marcar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A programação contará com um seminário com o tema "Seguridade Social: Consolidando a Cidadania", que será realizado nos dias 21 e 22, na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

As atividades terão início amanhã, 21, às 16h, com uma caminhada saindo da praça Antônio Gomes (em frente ao Museu) rumo à praça Rodolfo Fernandes. No dia seguinte, serão realizadas ações durante todo o dia, com a promoção de mesas-redondas sobre diferentes aspectos do tema central. O evento visa chamar a atenção da sociedade e do poder público para as lutas diárias enfrentadas pelas pessoas com deficiência.

Desmatamento é um dos maiores responsáveis pelo descontrole climático registrado no mundo todo

Aquecimento global, poluição, mudanças climáticas repentinas, todos esses fenômenos naturais têm inúmeras causas. Mas entre os fatores que provocam essas catástrofes ambientais, desmatamento de árvores e destruição dos biomas em geral são os que influenciam mais diretamente.

Amanhã se comemora o Dia da Árvore, mas poucas vezes paramos para pensar em sua importância para o planeta, para o meio ambiente e para a nossa saúde. A responsável pelo setor de educação ambiental da Gerência de Gestão Ambiental, Renata Pifer, ressalta alguns dos benefícios da arborização, sobretudo para Mossoró.

"A arborização é bastante importante e tem inúmeras funções, entre elas: ajuda a amenizar nosso clima quente, diminuir a quantidade de CO2 no ar e, consequentemente, melhorando sua qualidade; nas zonas rurais, principalmente, ajuda a amenizar os impactos da água da chuva na erosão do solo", afirma Renata.

Elas nos fornecem sombra, proteção para o solo, rios, purificam o ar, reduzem a poluição e embelezam os ambientes e, mesmo assim, damos a elas menos importância do que deveríamos. "Quando nós vemos uma árvore, nós não conseguimos visualizar os inúmeros benefícios que elas proporcionam", enfatiza a educadora ambiental.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que todos esses benefícios fossem usufruídos pelas populações do mundo todo, o ideal seria ter uma quantidade equivalente a 12m² de área verde por habitante. Apesar de não possuir esses dados em Mossoró, a coordenadora do programa de arborização do município, Nora Aires, diz que há ainda muito a se fazer pela cidade.

"Mossoró possui um plano de arborização que nós seguimos como uma espécie de bíblia. Ele é como se fosse um plano diretor, com normas e variantes e, nós seguimos as normas como um direcionamento", conta a responsável. De acordo com ela, desde janeiro há uma estimativa de que 1.000 árvores foram plantadas na cidade e, mesmo assim, há a necessidade de plantar um número superior.

Além de se preocupar com a arborização, Renata revela que o plano também leva em consideração a preservação do bioma caatinga, que existe única e exclusivamente no Nordeste brasileiro. "Todo tipo de planta traz benefícios, mas damos preferência às plantas nativas, que, além de se adaptarem melhor ao clima, ajudam a preservar a caatinga. Apenas 20% do percentual plantado é de plantas exóticas", garante a educadora ambiental.

Para Renata, o trabalho de educação ambiental deve ser feito com o intuito de instruir a população sobre a importância da preservação, começando o trabalho com as crianças. "Na rua nós aproveitamos a sombra que elas dão, mas só aproveitamos naquele momento; não sabemos nem quantas árvores têm na nossa rua. A ideia da educação é justamente mostrar, principalmente para as crianças, como plantar e como cuidar de uma árvore, para que elas assimilem", reforça a educadora.

Ela afirma que é louvável o trabalho realizado por várias escolas no município, onde as crianças participam de oficinas para aprenderem como plantar, a quantidade de água essencial para o desenvolvimento te que a planta possa se desenvolver sozinha em meio às adversidades.

Na próxima semana, a Gerência de Meio Ambiente realizará uma programação comemorativa à data. Segundo Nora, serão realizados plantios em escolas e em outras áreas na cidade. "Nós ainda não temos a programação definida, estamos montando um esquema para o plantio em áreas urbanas, rurais e nas escolas. Segunda-feira teremos essa programação", garante a responsável pelo programa de arborização.

ÁRVORE ARTIFICIAL

Um grupo de cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, criou uma espécie de árvore artificial que poderia ajudar no combate ao aquecimento global. Isso porque, segundo o estudo, essa árvore é capaz de absorver CO2 - principal gás do efeito estufa - da atmosfera quase mil vezes mais rapidamente do que árvores de verdade.

Segundo Renata, não é possível fazer uma avaliação sem conhecer o projeto a fundo. "Se elas (árvores artificiais) conseguem absorver o CO2 mil vezes mais rápido, isso seria bastante benéfico. Mas uma série de coisas devem ser analisadas, principalmente se há outros impactos", esclarece a educadora ambiental.

O segredo da árvore artificial estaria nas folhas, feitas de um material plástico capaz de absorver dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. Mas alguns ambientalistas criticam os métodos, apesar de os cientistas afirmarem que cada árvore artificial poderia absorver uma tonelada de dióxido de carbono por dia, tirando da atmosfera CO2 equivalente ao produzido por 20 carros.

O custo de um ambiente mais limpo é bem mais caro do que se imagina. Calcula-se que cada uma dessas árvores custaria cerca de US$ 30 mil (quase R$ 60 mil). Apesar do preço, os pesquisadores do projeto defendem a invenção como parte de uma estratégia global, de forma a criar uma sociedade que seja neutra na produção e absorção de carbono.