quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Análise de açude atesta qualidade da água

TABOLEIRO GRANDE - O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte, através da Promotoria de Justiça da Comarca de Portalegre, Ricardo José Costa Lima, que abrange o município de Taboleiro Grande, solicitou ao Centro Federal de Educação Tecnológica do (CEFET-RN) uma análise físico-química e microbiológica na água que abastece a população da cidade.

A Promotoria de Justiça resolveu solicitar a análise nas águas do Açude Cajá depois que o problema de contaminação do reservatório foi noticiado em vários meios de comunicação da região e uma campanha deflagrada em um Blog de Taboleiro Grande, para que o cidadão taboleirense não pagasse a conta da água servida pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN). Segundo a campanha, a água oferecida à população pela empresa não tem serventia para o consumo humano.

De acordo com a análise realizada pelo Cefet, a água distribuída para a população apresentou teor de cor e turbidez acima dos padrões de portabilidade exigida na portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.
Recomenda-se proceder com manutenção corretiva nas tubulações e verificar se as mesmas apresentam problemas de corrosões, visto que há concentração de ferro na água, porém em condições inferiores ao limite permissível para este parâmetro.

A análise detectou ainda que o teor de coliformes totais acima do limite permissível na água distribuída à população deverá ser corrigido com o controle rigoroso do cloro, principal agente de remoção da contaminação microbiológica.

Já em relação à água bruta coletada no açude, os teores encontrados de coliformes podem ser eliminados no processo de tratamento da água e segundo a análise do Cefet não é preocupante à população. No geral, a água fornecida no município apresenta-se em condições favoráveis para o consumo humano.

Ao tomar conhecimento do Estudo do Cefet, o professor João Moacir disse que não há como contestar uma análise como esta, no entanto, é muito difícil aceitar o resultado e passar a fazer utilização da referida água para beber, já que a mesma tem gosto ruim.

"É do conhecimento de toda população que dejetos provenientes de esgotos são despejados diariamente dentro do Açude Cajá, fonte de onde a água é retirada e quanto ao tratamento, outra dúvida ficará no ar, quando o Cefet veio colher amostras da água para análise, o responsável pelo posto da Caern em Taboleiro Grande falou que justo naquele dia estava faltando o cloro, quantos e quantos dias essa água não ficou sem tratamento? Será que isso não se repetirá", comentou João Moacir, através de uma nota em seu blog, e finalizou dizendo que a população continuará na mesma, ou seja, pagando água fornecida pelo Estado que ninguém tem coragem de beber ou até mesmo cozinhar e tendo que comprar água de beber do tipo mineral ou da que vem do Apodi, a não ser que haja uma interferência política por parte do Legislativo e/ou Executivo municipal.

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