quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CRISE

Médicos continuam fuga do serviço público do Estado

O Sindicato dos Médicos tem sido procurado sistematicamente pelos profissionais aprovados no último concurso do Estado para informar seus pedidos de demissão à rede pública. As razões apresentadas são os baixos salários, as difíceis condições de trabalho e a falta de perspectiva na carreira.

Os médicos alegam que o salário inicial de R$ 2.100 para 40 horas é muito distante dos honorários recebidos pela rede privada, seja por planos de saúde ou atendimento particular.

A maioria dos médicos que pediram demissão é da ortopedia e da anestesia. Dos seis ortopedistas enviados ao Hospital Walfredo Gurgel, quatro pediram demissão. O mesmo se observa entre os profissionais do Deoclécio Marques, onde para compor as escalas, o Estado requisitou profissionais da Prefeitura. Com salário inicial de R$ 520,00 pago pela Prefeitura, os ortopedistas se articulam para deixar o serviço do município.

Entre os anestesistas, muitos estão pedindo demissão do hospital Santa Catarina. Ontem foi a vez da doutora Sara Costa, que após cumprir plantão das 19h terça-feira às 7h desta quarta-feira, se encaminhou para Secretaria Estadual de Saúde para pedir demissão. Os anestesistas do Hospital Walfredo Gurgel demonstram querer seguir o mesmo caminho.

É importante ressaltar que na renovação dos contratos com as cooperativas não prevê o encaminhamento dos profissionais para a rede pública, segundo exigência do Ministério Público. Com isso, o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, acredita que as crises nos hospitais do Estado deverão se aprofundar.

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