terça-feira, 15 de setembro de 2009

Claudionor afirma que episódio dos cheques foi fruto de erro técnico e apresenta comprovantes

Após o período do pequeno e grande expedientes (quando os vereadores sobem à tribuna para falar), o presidente da Câmara Municipal, Claudionor dos Santos (PDT), pediu a palavra e fez um pronunciamento sobre a suposta devolução de cheques pré-datados denunciados pelo vereador Jório Nogueira (PDT).

O presidente do Legislativo municipal creditou o fato a um erro técnico de uma das servidoras do setor contábil da Casa. "O cheque não foi devolvido do jeito que estão dizendo. Havia fundos, sim. O problema é que a Câmara Municipal tem duas contas, e a servidora, por engano, pensou que era o cheque do Banco do Brasil, aí ela transferiu, quando, na verdade, ela deveria ter deixado o dinheiro na Caixa Econômica. Quando tomamos conhecimento, corrigimos a falha, e o problema foi resolvido antes que os cheques fossem devolvidos", garantiu.

Ele apresentou um documento emitido pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica, confirmando que, em 2009, não consta a devolução de cheques da Câmara Municipal. "Talvez muitos dos que estão aqui esperavam que eu partisse para um contra-ataque sobre o vereador Jório Nogueira, mas não é isso que vou fazer. Meu objetivo é esclarecer os fatos", frisou.

Claudionor elogiou a atitude de Jório Nogueira e sugeriu que os colegas fizessem o mesmo, mas fez uma ressalva: "Só acho que esse assunto deveria ser tratado internamente, mas quero que os colegas lutem por transparência nesta Casa. Esse é também um objetivo para mim".

Num tipo de pronunciamento em que não foi permitido apartes dos colegas, Claudionor fez um relato sobre a sua origem humilde e lembrou que está no quarto mandato. Disse que quer concluir a Reforma do Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município até o fim do mandato como presidente da Casa.

Claudionor evitou falar sobre a existência de supostos atos secretos na Câmara e sobre o comando do PDT disse que está tudo bem. "Nunca este partido, que já elegeu dois prefeitos, esteve tão bem e tão aberto como agora", acrescentou.

EXPLICANDO

Os cheques citados por Jório totalizam R$ 5 mil e foram uma doação para custear o funeral do servidor Wilson Fernandes, que faleceu recentemente.

Jório afirma que só extratos podem esclarecer os fatos

A apresentação dos comprovantes da Caixa Econômica e do Banco do Brasil de que não existem devolução de cheques da Câmara Municipal de Mossoró não convenceu o denunciante do caso, Jório Nogueira.

Para o pedetista, seria necessário a apresentação dos extratos. "Quero agradecer ao presidente desta Casa por ter trazido essas explicações. Mas acho que para esclarecer os fatos é preciso trazer os extratos", acrescentou.

Jório e os vereadores da oposição Lairinho Rosado (PSB) e Genivan Vale (PR) cobraram mais transparência com os gastos da Câmara Municipal para evitar qualquer tipo de insinuação sobre a prestação de contas do Legislativo. Eles disseram que os vereadores estão tendo acesso às contas, mas que seria mais correto que as informações fossem registradas no site da Câmara.

Já a líder do governo Cláudia Regina (DEM) elogiou a postura do presidente da Câmara. "O senhor teve a coragem de admitir que houve o erro técnico e apresentar as explicações", afirmou. As palavras foram endossadas por Daniel Gomes (PMDB).

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