O serviço da Segunda Sessão da Polícia Militar (SSPM), em conjunto com as equipes do Patrulhamento Ostensivo de Plantão e o Grupo Tático de Combate (GTC) desbarataram mais uma quadrilha de assaltantes, minutos depois de ela ter invadido a casa de um empresário localizada na Rua Bodoca, conjunto Inoccop do bairro Alto de São Manoel, na noite desta quinta-feira, 19, isto por volta das 20h. Fazem parte do grupo as seguintes pessoas: André Barboza da Silva Bezerra, o "André Pintor" ou "André Paulista"; André Dantas da Silva; Charmiton Franceildo da Silva; a jovem Francisca Kátia Érica de Melo, o "Noim"; e ainda o taxista Itanilson Vieira, que dirigia um carro tipo Santana de cor escura para o grupo. Todos foram autuados em flagrante de delito e ainda ontem, sexta-feira, 20, transferidos da Delegacia de Furtos e Roubos (DEFUR) para a Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza. Com os acusados, foram apreendidos armas de fogo e uma variedade de objetos produtos das ações criminosas.
"Essa turma não vinha deixando ninguém sossegado nos últimos meses. A gente teve muito trabalho, mas conseguimos capturá-los e agora a população poderá ter um carnaval mais tranquilo", disse um policial, que participou da operação.
Esta já é a segunda vez que o empresário - identidade não divulgada pela polícia - foi vítima desta quadrilha. Há cerca de seis meses, alguns integrantes do bando entraram em um escritório da empresa dele, localizada na Avenida Rio Branco, e lá, depois de fazerem algumas pessoas refém, efetuaram um arrastão. Além de objetos de valor, roubaram uma grande quantidade de dinheiro. A polícia descobriu que foi uma mulher quem, nas duas vezes, forneceu informações sobre os locais assaltados e também a responsável por dar cobertura a "André Paulista", mantendo-o escondido em sua casa no conjunto Abolição IV.
Na quinta-feira, 19, a princípio, a quadrilha logrou êxito em entrar na casa da Rua Bodoca e praticar o assalto, mas a seguir aconteceu a frustração. O Comando de Operações da Polícia Militar (COPOM) foi avisado e mobilizou todo o aparato policial de plantão. Todas as saídas da cidade foram fechadas e diante da identificação de um dos suspeitos, o contingente armado fixou como um dos pontos de apoio o conjunto Abolição IV, para onde a gangue seguiu depois do assalto.
"O problema é que antes de chegar ao conjunto, "André Paulista" foi avisado pela mulher, que desistisse de ir para a casa dela, pois o abolição IV estava cheio de policiais. Eles mudaram de rota, passaram por um posto de combustível no bairro Aeroporto para abastecer, mas não conseguiram e seguiram em fuga", disse o PM.
No entanto, foi na passagem sobre a Ponte do Genésio que a gangue se prejudicou. Ao pararem o carro no meio de alguns veículos e esperarem a passagem, que é feita em mão única, por trás deles se posicionou uma viatura da PM e sua guarnição, ao verificaram as características do veículo, inclusive a placa, solicitaram reforço. O grupo ainda envidou fuga, mas foi cercado e os componentes presos em um matagal próximo a um parque de vaquejadas no bairro Bom Jesus.
MONITORAMENTO - A gangue desarticulada nesta quinta-feira, 19, pela Polícia Militar, vinha sendo monitorada pelos homens da SSPM e da Defur há pelo menos 60 dias. Um dos integrantes do bando - a pessoa de André Paulista - sempre era reconhecido pelas vítimas. "Por várias vezes nós tentamos pegá-lo, mas ele sempre fugia. Agora sua captura foi configurada como um flagrante que são as armas de fogo e essa grande quantidade de objetos, o que lhe dá motivos de sobra para permanecer na cadeia durante uma grande temporada. Nós, policiais, fizemos a nossa parte, a população ajudou quando o reconheceu e informou à Defur e agora é deixar que a Justiça faça a sua parte", concluiu o policial.
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